quinta-feira, 13 de maio de 2010

A Baixada no cenário


clau

Da IV Semana Maranhense de Dança

A comissão artística do Teatro Arthur Azevedo, promoveu de 17 a 23 de Agosto de 2009 a IV Semana Maranhense de Dança, um evento de convergência e intercâmbio entre os bailarinos Maranhenses e com convidados de todo o Brasil. Neste ano o evento contou com a participação de poucos convidados de fora do estado, pois o recurso captado não foi o suficiente para fazer um evento no mesmo porte dos anos anteriores.

A Baixada se fez presente como nos anos anteriores onde as Companhias Impacto (Arari) e Expressão Livre (Palmeirândia) mostraram todo seu potencial nos palcos de São Luis, nesta edição a Cia. Impacto pôde experimentar mais uma vez a oportunidade de participar de palestras sobre a dança maranhense e diversas oficinas dos mais variados estilos de dança (Dança Contemporânea, Ballet Clássico, Dança Afro, Street Dance e Dança Popular), juntamente com membros da Cia. Perizes de São Bento que não perderam a oportunidade de obter conhecimento.

Intercâmbios como a Semana de Dança, são meios para reciclar o conhecimento obtido, ampliando o repertório de oficinas promovidas pela Cia. no município de Arari e no conjunto de municípios da Baixada Maranhense. A participação da Cia. contou com o apoio da Secretária de Educação do município, que sempre está presente nas ações desenvolvidas ao longo de um ano e meio.

Na quarta feira à noite, o espetáculo de Dança-Teatro “Varais” recheou a programação do Teatro Alcione Nazaré, mostrando a classe artística de São Luis todo o potencial que os jovens da Baixada tem ao realizar um trabalho tão orgânico e sério, que não exclui corpos diferentes e nem busca a perfeição neles, sem estruturas necessárias nem o “luxo” de uma sala de dança com piso emborrachado, espelhos e barras, mas que sabe utilizar a arte como meio de transformação social de um território tão carente de políticas públicas para a juventude e para a cultura.


APRESENTAÇÕES NA 4º SEMANA MARANHENSE DE DANÇA

IMPACTO CIA DE ARTE

IMPACTO CIA DE ARTES

A JUVENTUDE MODIFICANDO O CENÁRIO MARANHENSE

ACESSIBILIZANDO ESPAÇOS PARA A ARTE CONTEMPORÂNEA

O ESPETÁCULO VARAIS TRATA DO COTIDIANO DO SER, SUAS PAIXÕES, SONHOS E REFLEXÕES

O MUNDO MESQUINHO E CONTURBADO EM QUE VIVEMOS DENTRO DE CADA MOVIMENTAÇÃO DOS BAILARINOS EM CENA


OS VÁRIOS TIPOS DE AMOR, OS ENCONTROS E DESENCONTROS
O AMOR CARNAL, O AMOR SEDUÇÃO, DE PELE E CHEIRO, DE COR, VERMELHO E FOGO, SELVAGEM E TÃO INOCENTE AMOR.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

cazuza




No momento em que você entra nesta cilada,
Sua vida se transforma,
Anos e anos você vive.
Muitas vezes não percebe
E a corrente simplesmente se estende.
É longa, muita longa,
por que não dizer infinita?
Mas um dia você acorda
E a realidade já tomou conta da sua vida.
O que lhe resta?
As dores, as lágrimas, as anemias,
As chagas, as profundezas de um abismo,
Um poço sem fim.
Você que um dia entrou nesta corrente sem perceber,
Por um minuto de prazer,
De bobeira, descuido ou simplesmente por amar e confiar,
Cuidado, ela não avisará.
Quando descobrir
Quem lhe passou um elo dessa corrente maldita
Talvez entre vós, não mais esteja.
E você olhará à sua volta,
Apenas um “machado” para quebrar sua corrente.
Mas será em vão,
Ela só tem emendas para entrar,
Jamais para sair.
Quando chamar por alguém pedindo socorro,
Seus “amigos”, “velhos amigos”
Seus/suas amantes,
Não lhe ouvirão.
Você dirá: abra as algemas.
Mas são algemas sem chaves.
Meus velhos,
Meus jovens,
Antes de saber quem sois,
Escutem um alerta.
Humanos, antes de qualquer coisa,
Cuidado, não façam parte dessa corrente,
Seja como um sentinela
Não seja um elo da maldita corrente chamada AIDS.

Autora : Ivone Alves Teixeira de Souza / Telêmaco Borba - PR


Agenor de Miranda Araújo Neto ( Cazuza ) nasceu 04.04.58 no Rio de Janeiro.
Faleceu no dia 07.07.90 vítima de Aids.

Musica : Faz Parte do meu Show
Interprete : Cazuza


Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.

Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

Autor : António Gedeão

Musica : The End
Interprete : Earl Grant


temos cores diferentes
mas somos iguais
somos inteligentes
poderemos ser mais

dá-me um sorriso
eu dou-te a mão
tudo o que for preciso
para ser teu irmão

junta-te a nós
fortalece a união
levar longe a nossa voz
nesta linda canção

canção de igualdade
justiça e amor
por cada amizade
plantarei uma flor

vamos unir as mãos
esquecer nossa cor
viver como irmãos
é aliviar minha dor

não importa a tua raça
não importa a tua cor
para tudo ter graça
só precisamos de amor

povos da humanidade
esquecei vosso ódio
vivei em fraternidade
enriquecei vosso espólio

na história do mundo
houve sempre racismo
queremos amor profundo
e acabar com este cinismo

aperta minha mão
meu amigo serás
consola meu coração
juntos construímos a paz

Chãs de Tavares, 26-03-2007, Autor : João Oliveira

Musica : Sweet Memories
Interprete : Ray Charles

RACISMOOOOOOOOO




Racismo dos brancos
Contra os negros,
Dos negros contra os brancos
Contra gays e lésbicas,
Contra mendigos
Dos pobres contra os ricos
Dos ricos contra os pobres
Contra os favelados
Contra aqueles que são
Diferentes da maioria
Racismo de um país
Com o outro
Racismo entre os mais sábios
E os que não
Tiveram tantas oportunidades
Racismo ate mesmo
Entre os próprios ricos
E os próprios pobres
Racismo entre
Religiões ou cultos
Racismo entre escolas
Publicas, municipal...
Ou pagas
Porque existe?
Para que serve?
Para nada
Serve só para
Pessoas que acham
Que é melhor
Menosprezarem
Os que aceitam
Que não sabe de nada
Temos que mudar
Todo esse racismo
E muitos outros
Sou uma adolescente
Que estuda
Em uma escola particular
Mas nem por isso
To nem ai
Contra essas coisas
Só tenho mais oportunidades
Mas algumas não
Valem para nada
Sou uma adolescente
E pensam que não
Sei de nada disso
Que racismo
Mas sei
Sei que esse racismo não
Vale nada
Para nada
E tem que acabar
Antes que cada vez mais
Cresça sem extensão
Definida
E não tenha
Como pará-lo.

Autora : Natasha Iancen Corregio

Musica : What a Wonderful World
Interprete : Louis Armstrong



Meu Pai me perguntou: você é gay?
Eu Perguntei pra ele: Importa?
Ele disse : Não, não realmente...
Eu disse pra ele: sim, eu sou gay.
Ele disse: fora da minha vida.
Creio que ele se Importava.

Meu Chefe me perguntou: você é gay?
Eu perguntei pra ele: Importa?
Ele disse: Não, não realmente...
Eu disse pra ele: sim, sou gay.
Ele disse: está despedido!!!
Creio que ele se importava.

Meu Amigo me perguntou: você é gay?
Eu perguntei pra ele: importa?
Ele disse: Não, não realmente...
Eu disse pra ele: sim, sou gay.
Ele disse: Não me considere mais seu amigo!
Creio que ele se importava.

Meu Companheiro me perguntou: você me ama?
Eu perguntei pra ele: importa?
Ele disse: Não, não realmente...
Eu disse pra ele: sim, eu te amo.
Ele disse: deixa-me te abraçar.
Pela primeira vez na minha vida, algo importava.

Deus me perguntou: você se aceita?
Eu perguntei pra ele: importa?
Ele disse: Sim....
Eu disse pra ele: Como posso me aceitar, se sou gay?
Ele disse: Porque é assim que te fiz.
Desde então, somente isso me importa...

Desconheço o Autor



A arte e o preconceito!!!!!!!!!!





A Arte enobrece, o preconceito empobrece
De sede carece nosso povo em prece
Como se dissesse: minha alma estremece!
A morte que desce sem nada que a impesse

A Arte cura, o preconceito com espada fura
Inconsistente sutura, jorrando sangue de nossa gente pura
A fome que dura, semeando no caminho a névoa escura
Que feiúra! A pobreza tratada como frágil escultura

A Arte edifica, o preconceito cega a gente rica
Em pranto fica o bravo que ao trabalho tanto tempo dedica
A corda estica, amarrando seu pulso, calando sua dica
Intensifica a miséria! O coração fraqueja como o bolso vazio indica

A Arte ama, o preconceito odeia e reclama
Frieza insana de quem, para enriquecer, engana
Enquanto na cama o obreiro chora por sua dama
Aguardente de cana para esquecer a mesa, com apenas a banana

A Arte agrega, o preconceito desemprega
Ganância cega de quem hipocrisia prega
E o povo carrega na costa o país que o emprego lhe nega
Pelo preconceito que alega: ao trabalhador o Poder não se entrega
Autor : Reinaldo Ferreira

HISTÓRICO DA CIA IMPACTO DE ARTE



A Impacto Cia. de Artes foi fundada no dia 1º de Junho de 2008, por jovens que cursaram o Programa de Formação em Arte e Cultura (Teatro e Dança) em Arari, promovido pelo CIP Jovem Cidadão e outros jovens que vieram a ser incluídos no processo, em 2009 veio a somar forças, obtendo novas parcerias, como Núcleo de Arte e Cultura da Associação Cultural Pororoca de Arari. Hoje temos um trabalho artístico-social na comunidade arariense voltado a todas as faixas etárias, desde crianças a idosos. O objetivo é tornar acessível a todos uma arte mais humanizada através de oficinas de dança contemporânea, teatro contemporâneo, dança afro-contemporânea, dança-teatro, dança composição coreográfica e reeducação do movimento e hábitos posturais. A idéia não é vender ilusões, mas sim libertar a população da alienação provocada pela arte caricaturada. Nosso trabalho é fundamentado em grandes nomes do teatro e da dança contemporânea, tais como Augusto Boal, Bertold Brecht, Eugênio Barba, Viola Spolin, Marta Grahan, Bina Bausch, Rudolf Laban, Constantin Stanislavski.

Por: Rodrygo Fernandes.
Fonte:
http://artcomunidade.blogspot.com
http://impactociadeartes.blogspot.com

saudade amiga




Quando vem a saudade
O tempo volta atrás
O amor vem a realidade
Te esquecer jamais

Quando vem a saudade
Tudo faz lembrar
Todo o amor que eu te dei
E tudo volta num piscar

Toda a lágrima
Que por você eu chorei
Não foi em vão
Agora eu sei

Todo amor que eu senti
Por você, não foi em vão
Com você aprendi
A escutar meu coração




Quando vem a saudade
Agora sei, que nunca esquecerei
O quanto te amei de verdade
Um amor que sempre levarei
Para toda a eternidade.